Simão, o Cireneu - Aquele que ajudou a carregar a Cruz do Senhor
Marcos 15:21: "E obrigaram à Simão Cireneu, que passava, vindo do campo, pai de Alexandre e de Rufo, a carregar-lhe a Cruz!"
Simão Cireneu, era membro da Colônia Judaica ao Norte da Ásia. Cireneu, não era o sobrenome dele, mas uma demonstração que indicava o lugar de seu nascimento, uma colônia da Líbia, era um Judeu africano, eram muito influentes e numerosos pelo fato de manterem uma Sinagoga em Jerusalém. - Atos 6:9.
Simão estava na cidade por ocasião da Páscoa para participar de uma das cerimônias anuais no Templo. Nessa ocasião, os homens judeus se vestiam de linho branco, para participarem do sacrifício do cordeiro pascal. Se houvesse qualquer mancha que fosse na veste de qualquer homem, eles eram impedidos de entrar no Templo e participar da cerimônia.
Dentro do Templo, havia um altar com cerca de 2,80 metros de altura, todo feito em pedra, e após o Sacerdote sacrificar ali o cordeiro, ele o pegava pelas pernas traseiras e com movimentos no sentido horário, girava 7 vezes em torno do altar, deixando o sangue cair e escorrer pelo altar.
Quando o sangue já havia saído, o Sacerdote pegava uma planta chamada hissopo (tipo esponja), está descrita em Salmos 51:7; passava sobre o sangue e depois sacudia sobre os homens que estavam presentes para que recebessem ao menos uma gota de sangue do cordeiro, na veste de linho branco, e, quando isso acontecia, a veste passava a ser um troféu para a vida do judeu que viajava quilômetros para receber uma gotinha de sangue que fosse.
Provavelmente, Simão, não andava vestido de branco pela cidade para não sujar a veste e ser proibido de entrar no Templo, mas deveria guardá-la em alguma bolsa, para vestir alguns minutos antes de entrar, antes da cerimônia começar.
Ele é obrigado a levar a Cruz de Jesus, seu objetivo era participar da cerimônia no Templo para receber uma gotinha de sangue do cordeiro sacrificado, agora estava ali juntinho ao Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, através do sacrifício em favor da humanidade.
O sangue precioso do Filho de Deus, derramado para curar a humanidade, também escorria sobre a pele de simão, o Cireneu. A Bíblia não diz quantos minutos durou a caminhada de Simão junto a Jesus, mas, a sua experiência, serviu como testemunho, e toda a sua família foi impactada pelo seu testemunho.
No livro de Romanos, vemos que seu filho e sua esposa fizeram parte da Igreja primitiva: "Saudai Rufo, eleito no Senhor, e, igualmente a sua mãe, que também tem sido mãe para mim." - Romanos 16:13.
O outro filho de Simão, Alexandre, parece ter-se desviado do Evangelho, Paulo, por duas vezes o cita: "E dentre esses se contam Himeneu e Alexandre, os quais entreguei a satanás, para serem castigados, a fim de não mais blasfemarem." (I Timóteo 1:20), o texto de II Timóteo 4:14, diz: "Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe dará a paga, segundo as suas obras."
Imagine agora Simão, deixando o Cordeiro de Deus à beira da crucificação. Simão olha para o céu e vê que pela posição do sol, já havia passado o tempo para realizar o sacrifício. Ele sai de Jerusalém completamente atordoado com acena que nunca mais sairia de sua cabeça.
Um homem inocente, puro, meigo e Rei dos Judeus, era sacrificado, crucificado, sem merecer, mas depois disto nada mais lhe importava a não ser regressar para os braços de sua família.
Foi assim, no meio da rua, que Simão, o Cireneu, teve um encontro com Deus, através de Jesus Cristo. Ele guardava a veste branca para receber gotinhas de sangue, havia sido lavado, mergulhado no sangue da graça, pela fé no Cordeiro de Deus. Simão era um estrangeiro em Jerusalém, chamado entre os passeantes naquele dia. Jesus nos chama de várias maneiras, e pode ser em momentos de alegria e de dor, mas tudo se converte em paz interior.
A maior lição dada com o episódio de Simão, o Cireneu, é do chamado e do servir através da fé e da confissão em Jesus, como Senhor e Salvador.
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