quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Reforma Protestante - Estudo Bíblico

R e f o r m a      P r o t e s t a n t e



                      DEFINIÇÃO: Movimento cismático, dentro da Igreja Católica, que questionava a supremacia eclesiástica do Papa, propiciando a instalação das Igrejas protestantes.
                      O movimento foi dividido em dois momentos: Reforma Protestante e Reforma Católica ou Contra-Reforma.
                         As bases da Reforma Protestante (Século 16): Crítica a alguns princípios do catolicismo. No início, os reformadores não queriam se separar da Igreja Católica. A idéia foi surgindo no decorrer dos movimentos de contestação.



                                               Alguns dos reformadores: 
- LUTERO - Alemanha - Luteranismo;
- CALVINO - Suíça - Calvinismo;
- HENRIQUE VIII - Inglaterra - Anglicanismo.

                         O termo surgiu posteriormente, para denominar as crenças e os indivíduos que protestaram contra algumas doutrinas católicas.



                                                             Antecedentes e causas:

- Corrupção do Clero e afastamento de seus membros das concepções originais do Cristianismo (Humildade, fraternidade, caridade);
- Venda de indulgências;
- Venda de relíquias sagradas;
- Venda de cargos no Clero;
- Fortalecimento da burguesia X Condenação de lucro pela Igreja;
- Fortalecimento das monarquias nacionais X Poder clerical + Abundância de terras da Igreja;
- Renascimento cultural (Questionamento de alguns valores tipicamente medievais);
- Leitura e interpretação da Bíblia restrita aos membros do Clero (Bíblia só em Latim);
- John Wycliffe (Inglaterra) e Jan Huss (Tchecoslováquia) - foram os precursores.



                                                           Consequências da Reforma:

- NO CAMPO RELIGIOSO: Rompimento da unidade cristã e crescente intolerância religiosa;
- NO CAMPO POLÍTICO: Ruptura do poder político do papado, fortalecimento do poder monárquico e guerras provocadas por pretextos religiosos.

                      "O justo viverá pela fé." - Romanos 1:17. Quando Martinho Lutero leu essa passagem das Escrituras, foi convencido do que nossa justificação não se dá através das boas obras, mas sim, através da fé. Inicialmente, "Reforma Protestante" foi um termo pejorativo empregado pelos católicos romanos àqueles que protestaram contra o sistema religioso da época, mas esse termo foi assimilado e usado a partir do século XVI até nossos dias para designar os grandes fatos vividos pelos que desejavam pautar sua vida religiosa segundo a Bíblia.
                      A Reforma Protestante foi apenas uma das inúmeras reformas religiosas ocorridas após a Idade Média e que tinham como base, além do cunho religioso, a instalação com as atitudes da igreja católica e seu distanciamento com relação aos princípios primordiais.



                         Durante a Idade Média a igreja católica se tornou muito mais poderosa, interferindo nas decisões políticas e juntando altas somas em dinheiro e terras apoiada pelo sistema feudalista. Desta forma, ela se distanciava de seus ensinamentos e caía em contradição, chegando mesmo a vender indulgências (o que seria o motivo direto da contestação de Martinho Lutero, que deflagrou a Reforma Protestante propriamente dita), ou seja, a Igreja pregava que qualquer Cristão poderia comprar o perdão por seus pecados.
                        Outros fatores que contribuíram para a ocorrência das Reformas foi o fato de que a igreja condenava abertamente a acumulação de capitais (embora ela mesmo o fizesse). Logo a burguesia ascendente necessitava de uma religião que a redimisse dos pecados da acumulação de dinheiro.
                         Leão X (1478-1524) com o intuito de terminar a construção da Basílica de São Pedro determinou a venda de indulgências (perdão de pecados) a todos os Cristãos. Lutero, que foi completamente contra, protestou com 95 proposições que afixou na porta da igreja onde era mestre e pregador. Em suas  proposições condenava a prática vergonhosa do pagamento de indulgências, o que fez com que Leão X exigisse dele uma retratação pelo ato. O que nunca foi conseguido. Leão X então, excomungou Lutero que em mais uma manifestação de protesto, rasgou a Bula Papal (documento da excomunhão), queimando-a em público.



                            Três revoltas eclodiram: Uma em 1522, quando cavaleiros do Império atacaram diversos principados eclesiásticos afim de ganhar terras e poder; outra em 1523, quando a nobreza católica reagiu; e, uma em 1524, quando os camponeses aproveitando-se da situação começaram a lutar pelo fim da servidão e pelas igualdades de condições.
                           Mas esta última também foi rechaçada por uma união entre católicos, protestantes, burgueses e padres que se sentiram ameaçados e exterminaram mais de 100 mil camponeses. O maior destaque da revolta camponesa na rebelião de 1524 foi Thomas Münzer, suas idéias dariam início ao movimento "anabatista", uma nova igreja ainda mais radical que a Luterana.
                            A reforma aconteceu na Alemanha, mas logo, se espalhou para outros países como Inglaterra, Suíça, França, Escócia, etc. Em cada país podemos destacar um líder que levou avante este movimento. A partir do final do século XII, começaram a surgir alguns movimentos na Europa que pediam mudanças dentro da igreja católica Romana. Entre eles podemos destacar dois grupos:
- Os Valdenses com Pedro Valdo, na Itália;
- Os Cataritas, na França.



                          Também surgiram alguns homens que podemos considerá-los pré-reformadores, como:
- John Wycoff, na Inglaterra, no século XIV, 1384;
- Jerônimo Savanarola, na Itália, no final do século XV, 1498.

                         A Reforma Protestante, no entanto, só aconteceu no século XVI, na Alemanha, quando o frade Agostiniano Martinho Lutero afixou as 95 teses nas portas da Igreja do Castelo de Wittenberg. Era o dia de 31 de Outubro de 1517, véspera do dia de "Todos os Santos", quando os milhares de peregrinos afluíam para Wittenberg, para a comemoração do feriado do "Dia de Todos os Santos e finados", 01 e 02 de Novembro.
                       Era costume pregar nos lugares públicos os avisos e comunicados, Lutero aproveitou a oportunidade e, através de suas teses, combatia as indulgências que eram vendidas por João Tetzel com a falsa promessa de muitos benefícios. Ele dizia que, se alguém comprasse uma indulgência para um parente falecido, "no momento em que a moeda tocasse no fundo do cofre, a alma saltava do inferno e ia direto para o céu."



                                                     Lutero expressa suas idéias. São elas:

- A LIBERDADE CRISTÃ - Nesse livro, pregou que somos livres em Cristo. Negou nessa obra que somente o Papa pudesse interpretar as Escrituras, mas que podiam ser lidas e interpretadas por qualquer Crente sincero.

- APELO À NATUREZA - Aqui, Lutero faz um apelo para o povo seu unir contra a Igreja católica Romana.

- CATIVEIRO BABILÔNICO DA IGREJA - Afirmava que a Igreja estava vivendo num cativeiro, assim como o povo de Israel esteve na Babilônia escravizado.

As principais doutrinas defendidas por Martinho Lutero:

- JUSTIFICAÇÃO PELA FÉ - Baseado nos ensinos de Paulo, ele ensinava que o homem não é justificado pelas suas obras, mas, pela fé em Cristo Jesus;

- A INFALIBILIDADE DA BÍBLIA - Ele considerava a Bíblia infalível e acima de toda e qualquer tradição religiosa. Enquanto a Igreja Católicadefendia a ideia de que o Papa era infalível e a Bíblia era sujeita à sua interpretação, Lutero afirmava que a Bíblia estava acima do Papa, pois ela é a Palavra de Deus inspirada pelo Espírito Santo;

- SACERDÓCIO DE TODOS OS CRENTES - Lutero negava o conceito que afirmava ter o Papa poderes sobrenatural como intermediário entre o povo e Deus. Ele defendia a ideia de que todo Crente é um sacerdote e tem livre acesso à presença de Deus. Não precisamos de um intermediário entre o homem e Deus é o Senhor Jesus Cristo.



                                                 Princípios fundamentais da Reforma:

- Supremacia das Escrituras sobre a tradição;
- Supremacia da fé sobre as obras;
- Supremacia do povo sobre o sacerdócio exclusivo.

                           Alguns fatores contribuíram para que acontecesse a Reforma. Entre eles podemos destacar os seguintes:

a) AS MUDANÇAS GEOGRÁFICAS - O século XVI foi a era das grandes navegações realizadas pelas superpotências Portugal e Espanha e, consequentemente, das grandes descobertas. Com isso o mundo não se limitava mais à Europa, mas o novo mundo trouxe novos horizontes de conquista e expansão;

b) MUDANÇAS POLÍTICAS - Surgem as nações-estados. A Europa começa a se fragmentar em países independentes politicamente uns dos outros. Surgem países como a Inglaterra, França, Espanha e Portugal, etc. Com isso é natural o desejo de cada governante de sentir-se livre de um poder central e dominador que era o Papado.

c) MUDANÇAS INTELECTUAIS - Há grandes transformações intelectuais com o surgimento dos humanistas Cristãos, os quais tiveram um interesse profundo pelo estudo das Escrituras Sagradas e das línguas originais e começaram a fazer uma comparação entre o Novo Testamento e o que a Igreja Católica Romana estavam vivendo. Entre estes humanistas podemos destacar Desidério Erasmo ou Erasmo de Rotherdan que influenciou os reformadores com o seu Novo Testamento.

d) MUDANÇAS RELIGIOSAS - O autoritarismo da Igreja Católica Romana era insustentável. O catolicismo não satisfazia os anseios espirituais do povo que buscava uma religião satisfatória e prática, que respondesse às suas indagações e expectativas.



                            O declínio do Papado começa com o Pontificado de Bonifácio VIII (1294-1303), um Papa arrogante e ambicioso que entrou em confronto direto com o Rei Filipe IV acerca de impostos e da autoridade papal, foi preso e faleceu um mês após ser liberto.Clemente V (1305-1314), um Papa francês, transferiu a administração da Igreja para Avinhão, ao Sul da França, ficou conhecido como "o cativeiro Babilônico da Igreja" (1309-1377).
                             Em toda a parte, cresceram as críticas à extravagâncias e ao luxo da Corte Papal, finalmente, ocorreu o chamado "Grande Cisma", em que houve dois, e posteriormente três Papas rivais em Roma, cada Papa considerou-se o único, legítimo e excomungou o rival. Assim houve a necessidade de um Concílio para resolver a crise. O Concílio de Pisa (1409) elegeu um novo Papa, mas os outros dois recusaram-se a serem depostos, resultando em três Papas ao mesmo tempo.
                            O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas: Abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão do mundo, fruto do pensamento renascentista. I Igreja Católica vinha perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais. Muitos elementos do Clero estavam desrespeitando as regras religiosas no que diz respeito do celibato, padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixaram a população insatisfeita. O Papa arrecadava dinheiro para a construção da Basílica de São Pedro, em Roma, com a venda de indulgências (venda de perdão).



                            O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os degraus da Igreja Católica. De acordo com Lutero, a salvação do homem ocorria pelos atos praticados em vida e pela fé. Em suas teses, condenou o culto de imagens e revogou o celibato.
                           A Reforma Calvinista começou no ano de 1534, de acordo com calvino, a salvação da alma ocorria pelo trabalho justo e honesto, isso atraiu muitos burgueses e banqueiros. Muitos trabalhadores também viram nessa nova religião uma forma de ficar em paz com sua religiosidade. Calvino também defendeu a ideia da predestinação (a pessoa nasce com sua vida definida).
                            Na Inglaterra, o Rei Henrique VIII rompeu com o Papado, após este se recusar a cancelar o casamento do Rei. Henrique VIII finda o anglicanismo e aumenta seu poder e suas posses, já que retirou da Igreja Católica uma grande quantidade de terras.



                               Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação, ficou definido:

- Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos Jesuítas;
- Retomada do Tribunal do santo Ofício - Inquisição - Punir e condenar os acusados de heresia;
- Criação do Index Librorum Prohibito (Índice de Livros Proibidos): Evitar a preparação de ideias contrarias à Igreja Católica.

                          Em muitos países europeus as minorias religiosas ocorreram, frutos do radicalismo. A guerra dos Trinta anos (1618-1648). Por exemplo, colocou católicos e protestantes em guerra por motivos puramente religiosos. Na França, o Rei mandou assassinar milhares de Calvinistas na chamada Noite de São Bartolomeu.



                                                           O que a Bíblia ensina sobre:

- IMAGENS - A utilização, veneração, adoração de imagens, caracteriza-se como idolatria. O homem não deve sequer fabricar imagens que possam fazer referências nos seres celestiais, sob qualquer pretexto, muito menos se curvar perante elas. Toda forma de reverência a imagens é condenada. Base Bíblica: "Não fará para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas, debaixo da terra. Não te prostará perante eles, nem lhes prestarás culto."(Deuteronômio 20:4).

- INTERCESSÃO - A Bíblia ensina que os que seguem a Deus (Todos os chamados de "santos" ou "separados" conforme o significado do grego "separados por Deus e para Deus" devem orar uns pelos outros. Essa é a única forma de intercessão que a Bíblia ensina. Fiéis vivos orando por vivos , por isso é impossível qualquer santo ou maria rogar por nós. Nosso único mediador no céu é Cristo.

- CONFISSÃO DE PECADOS - A confissão dos pecados deve ser feita somente a Deus. Somente Deus pode perdoar pecados (entenda-se por Deus a Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo). O próprio Cristo perdoou pecados pois é parte da Trindade, única divindade digna de adoração, louvor e confissão.

- LIVROS APÓCRIFOS - A Bíblia não cita esses livros.

- PURGATÓRIO - O purgatório não existe. Nem o termo, nem a doutrina encontram-se nas Escrituras Sagradas.

- SÁBADO - O sábado é o dia estabelecido por Deus para dedicação exclusiva á Sua adoração, obra e serviço e descanso das atividades comuns. Desde a Criação (Gênesis 2:3), até ANTES do Sinai . - Êxodo 16:22-26.

                                           O que a Igreja Católica Ensina sobre:

- IMAGENS - Utilização e "veneração" de imagens de esculturas, como referência a "santos" ou outros personagens celestiais, bem como o curvar-se perante essas imagens não só é algo permitido, mas incentivado pela Igreja Católica. Base Católica: Decretado pelo II Concílio de Nicéia, 787 d.C.


- INTERCESSÃO - Os fiéis devem orar pela intercessão dos santos e de maria, mediadora que pode interceder, "rogai por nós". Criado pela Igreja Católica no ano 788 d.C.

- CONFISSÃO DE PECADOS - Sem a confissão ao Sacerdote (padre) não há perdão dos pecados. Estabelecida pela Igreja Católica como doutrina no Quarto Concílio de Latão, em 1215 d.C.

- LIVROS APÓCRIFOS - Os Livros Apócrifos são canônicos. O Concílio de Trento considerou canônicos 11 dos 16 Livros Apócrifos em 1546 d.C.

- PURGATÓRIO - O purgatório existe. Estabelecido pelo Concílio de Trento, em 1563 d.C.

- SÁBADO - O domingo é o dia de guarda em homenagem à ressurreição de Jesus.




                                     Observações sobre os pontos descritos acima:

- IMAGENS - Toda forma de reverência prestada à imagens, ídolos, são condenadas por Deus (Deuteronômio 20:4), sem distinções entre veneração, adoração, respeito. Em nenhuma hipótese se lê na Bíblia algum fiel curvando-se perante qualquer imagem.

- INTERCESSÃO - Aqui há um contraste gigantesco e evidente entre o que a Bíblia ensina e o que a Igreja Católica ensina. Interessante notar que a Igreja somente introduziu a mediação dos santos e maria, em 788 d.C. Isso é o que a Bíblia chama de "profanação do Santuário Celestial".

- CONFISSÃO DE PECADOS - Apenas Deus pode perdoar pecados. O conflito entre Cristãos e os Fariseus de seu tempo sobre esse assunto existiu porque eles não reconheciam como o Messias, Salvador e Deus. O perdão de pecados é uma prerrogativa da Trindade somente. Por outro lado, a confissão auricular só foi criada pela Igreja Católica em 1215 d.C. Ou seja, antes disso, ninguém era perdoado. A confissão auricular surgiu na Idade Média num contexto de autoridade exercida pela Igreja para manter-se informada sobre a vida das pessoas.



- LIVROS APÓCRIFOS - Os Apócrifos, num total de 16 livros, não faziam parte do Cânom hebraico. Os Judeus da dispersão do Egito os incluíram na Septuaginta. Todavia, não são citados, nem por Cristo, nem pelos escritores do Novo Testamento. Contém erros históricos grosseiros, além de contradições às demais escrituras.

- PURGATÓRIO - Interessante entender que a Igreja Católica incorporaram os livros Apócrifos em 1546 d.C; para posteriormente em 1563 d.C, estabelecer a doutrina do purgatório, só sugerido por 1 desses livros que não constavam no Cânom hebraico. Então, até 1563 d.C nenhuma alma ia ao purgatório, pois a Igreja ainda não o havia criado.

- SÁBADO - Gradativamente a Igreja Católica substitui o dia de guardar do sábado para o domingo, culminando com o Decreto de Constantino, em 364 d.C. Contrariando o preceito bíblico e cumprindo a profecia. - Daniel 9:25.



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- www.infoescola.com
          - www.iprb.org.br
                      - www.mackenzie.br
                                - www.religiaoehistoria.files.wordpress.com
                                              - www.pt.slidshare.net
                                                            - www.googleImagens.com.br
                                                                            - www.slideplayer.com.br
- Pinto Nello, Achilles, os papas, Segunda Edição, Paulinas, 1986, São Paulo - SP.
- Cairns, Earle, Christianity Through The Centuries. Vigésima Edição, Zondervan, 1981, Grand. Rapids, Mi, EUA.

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