S a n t i d a d e - A Doutrina da Santificação - Curso ALPHA - Módulo 8
O Antigo Testamento foi realmente marcado pela vida de homens e mulheres que alcançaram de Deus o testemunho de serem fiéis e de viverem em santidade e santificação. Todos eles poderiam ser objeto de atenção; selecionamos alguns para que sirvam de exemplo.
ENOQUE - A intimidade deste homem foi tão grande com Deus, que em dado momento, o poderoso Deus o toma para si. Viveu 365 anos, e sua vida foi caracterizada pela comunhão e obediência ao Senhor.
NOÉ - Noé viveu num período crítico da humanidade, violência, maldade, pecado, etc. Deus decide destruir o homem, mas Noé agrada a Deus. Resultado: O pecador e o pecado foram destruídos; a justiça e a piedade retribuídos; e a vida e o plano de Deus preservados pela santificação.
ABRAÃO - Do caminho de santificação percorrido por Abraão, colhemos o testemunho de alguém que é, ele só, a testemunha fiel, Jesus Cristo, o qual assegura a salvação do Patriarca dizendo: "Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão,... no Reino dos céus." - Mateus 8:11.A
A santidade de Cristo é expressa na Bíblia desde o Seu nascimento. A santidade é parte inerente ao caráter de Cristo, por natureza Ele é santo, mas devido à sua natureza humana, estava sujeito à contaminação durante a sua vida na terra, mas sem ceder.
Como a maioria das coisas na vida, a santidade também está relacionada à vontade do ser humano. O processo de santificação não é algo instantâneo, automático e nem tampouco imposto; entretanto, é algo gradual, adquirido e buscado. O motivo porque muitos crentes não buscam a santificação, e porque não querem.
Quando somos santificados pelo Espírito Santo, sentimos em nós a eficácia de sua atuação controlando o temperamento, transformando o caráter e depurando a personalidade.
O cristão é santificado por meio da atuação do Espírito Santo, e usa a Palavra de Deus como instrumento para tal propósito. Os salvos são aqueles que deram ouvidos à Palavra de Deus e atenderam ao Seu chamamento.
Os escritos de Paulo formam um verdadeiro compêndio de santificação. Em cada uma de suas cartas às igrejas, encontramo-lo exortando-as à santidade. Não é possível nos determos em todos os detalhes dos ensinos Paulinos; mas vejam alguns aspectos de caráter profundamente relevantes à santificação, abardados em suas epístolas:
A SANTIFICAÇÃO EM ROMANOS - A esta igreja, Paulo escreve sobre a santificação abordando, entre outros, dois aspectos fundamentais: Morto com Cristo e ressuscitado com Ele.
A SANTIFICAÇÃO EM CORÍNTO - O Apóstolo Paulo faz clara distinção entre três grupos de pessoas que faziam parte do convívio da igreja: São os naturais (I Coríntios 2:14), os espirituais (I Coríntios 2:15) e os carnais (I Coríntios 3:1). Nesta classificação de pessoas e cristãos, podemos ver perfeitamente o apelo do Apóstolo à santificação.
A SANTIFICAÇÃO NA GALÁCIA - Não podemos deixar de registrar o apelo do Apóstolo à santidade. E é no cercar de sua carta que ele deixa registrada sua mensagem que visa à santificação.Nesse apelo à santificação, Paulo está trazendo a ideia da cruz. Quando diz que o mundo está crucificado, fala da determinação que deve ter o cristão em fazê-lo morrer.
A SANTIFICAÇÃO EM ÉFESO - O propósito do Apóstolo é fazer uma apologia à sã doutrina e à Cristologia, valorizando, acima de tudo, a posição da Igreja como edifício de Deus, como corpo e esposa de Cristo. É certo que dado ao propósito a que se destinou a Epístola aos Efésios, Paulo faz diversos chamamentos à santificação.
A SANTIFICAÇÃO EM FILIPOS - A carta seria basicamente para agradecer o socorro que lhe fora enviado, mas também serviu para que o Apóstolo encorajasse-os a enfrentar as perseguições, que se levantavam contra a obra de Cristo naquele lugar. E, como não é de se esperar nada diferente, o autor da carta colhe o ensejo para fazer, também aos seus amigos, um chamamento à manutenção e busca da santidade.
A SANTIFICAÇÃO EM COLOSSOS - É para combatermos a influência demoníaca na igreja que Paulo escreve aos Colossenses. Paulo afirma aos colossenses que o propósito supremo da morte de Jesus é a nossa santificação, ao contrário do que pregavam os gnósticos.
A SANTIFICAÇÃO EM TESSALÔNICA - Paulo tenta persuadir que a vida do cristão deve ser de fato diferente daqueles que vivem no maligno. Paulo diz aos tessalônicos que foi o próprio Deus Pai quem os havia escolhido para a salvação, mas esta salvação dependeria da santificação.
É verdade que Deus quer o nosso coração, é verdade que ele olha para o coração do homem, mas também é verdade que a santidade do coração é estampada no exterior do ser humano, assim como a imundícia de pecados em que vive o corpo retrata a podridão do coração.
Homens e mulheres, em muitos lugares e em muitos lugares em muitas fases da história, sempre buscaram o caminho da salvação, mesmo que de forma equivocada, mas sempre houve aquele que primou por trilhar o caminho da santidade. A guerra entre o sagrado e o profano, entre o puro e o impuro, entre o mundanismo e a santificação sempre esteve presente.
Alguns movimentos surgiram com o intuito de fugir da corrupção:
MONTANISMO - O movimento herdou este nome por causa de seu líder Montano, surgiu no ano de 155, na Frígia. Surgiram contra a rigidez e frieza da igreja organizada. Sua ênfase maior, enfatizava a iminência do fim e insistia em uma vida de santidade, eram de um todo contrários a qualquer manifestação de mundanismo. Qualquer desregramento servia para que alguém fosse expulso do grupo, negavam o perdão dos pecados mortais e rechaçavam de um todo o segundo casamento, fosse o motivo que fosse. Até o fato de um cristão fugir da perseguição era considerado pecado. Muitos cristãos aderiram a este movimento.
MONASTICISMO - Surgiu como uma resposta à União da Igreja co o estado. Ao ascender ao trono do império, Constantino faz alianças e promove a paz com o cristianismo, escudado sob uma falsa conversão. A igreja perdeu a sua verdadeira identidade e numerosas heresias foram introduzidas no cristianismo. Pouco a pouco, cristãos de diversos lugares afastaram-se para viverem uma vida solidária em busca da santidade. seu principal representante, o fundador do Monasticismo, foi Antão, em 320.
MARTINHO LUTERO - Monge Agostinho, movido por Deus e por uma conversão genuína, resolve dar início àquele que seria o maior de todos os movimentos reformistas da história da igreja. Como um verdadeiro refugo ao pecado e à perversidade a qual a igreja estava mergulhada, em uma verdadeira busca de retomar o caminho da salvação, 31 de Outubro de 1517, Lutero fixou na porta da Catedral de Wittenberg as suas 95 teses, que afirmavam a justificação pela fé e, consequentemente negavam o poder da igreja de ser a mediadora entre o homem e Deus, e de conferir perdão aos pecadores mediante a compra de indulgências.
O MOVIMENTO QUAKER - O movimento surge com uma reação ao conformismo da igreja no século XVII, com Jorge Fox, na Inglaterra. Fox estava realmente descontente com o que via: Corrupções e heresias no mundo cristão. Nesse ínterim, teve uma visão pela qual Deus lhe disse que ele deveria trazer os homens das trevas à luz, para receberem a Cristo. Os Quakers tradicionais pregavam a santidade, tanto externa quanto internamente. Externa na forma de vestir, de falar e de não participar das coisas que eram normais à sociedade de então; interna, consideravam que as obras da carne deveriam ser arrancadas do coração, para que se alcançasse a verdadeira santidade.
MOVIMENTO METODISTA - Em 28 de Junho de 1703, em Epworth, na Inglaterra, nasce João Wesley, um homem que sacudiria os seguimentos da Inglaterra, e que causaria uma revolução espiritual sem comparação na história eclesiástica. Depois de um encontro com Deus, em Aldergaste, começou seu ministério de mais de 40 anos, o qual está registrado nos anais da história, como uma das mais relevantes manifestações do Espírito Santo, depois do Pentecostes. Wesley adotou a Teologia Arminiana, que lhe serviu de base para a sua teologia da Santificação, a qual imortalizou os seus sermões. Para ele, a justificação está relacionada ao nascer de novo, ao nascer de cima, ao nascer do espírito. Aí se abre à porta para o processo da santificação. A santidade que Wesley falava, não era uma santidade sentenciada por normas objetivas, mas sim uma santidade compreendida, em uma relação com Jesus Cristo, o Santo de Deus.
Sem sombra de dúvida, podemos afirmar que a santificação realmente faz parte do caminhar do cristão. É o próprio Deus que nos santifica, a fim de que nos tornemos irrepreensíveis diante Dele, também é encontrada em Cristo, que na cruz se ofereceu por nós o perfeito sacrifício.
A partir do momento em que queremos a santificação, um novo agente passa a trabalhar em nossa vida: O Espírito Santo. Com seu instrumento - a Palavra de Deus - ele passa a agir em nosso temperamento, em nosso caráter e em nossa personalidade para levá-los à santificação. ´
É uma ação permanente em nós, pois a santidade não se obtém instantaneamente no momento da conversão, carece de uma sequência, de se dar seguimento e de não desvanecer.
Quanto mais buscar a santidade, mais viçoso e doce será o seu fruto, quanto mais se inclinar para o mundo e para os seus costumes, tanto mais amargo será o seu sabor.
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