Na sociologia, uma "instituição" é um padrão estabelecido da vida social. Os sociólogos costumam identificar cinco instituições:
1) O Governo; 2) A Economia; 3) A Educação; 4) A Religião e 5) A Família.
Mas, em maior grau que qualquer outra instituição, a família incorpora todas as funções de uma sociedade. Ela manifesta os padrões de autoridade e organização. Ela recebe e dispensa fundos (economia). Ela ensina habilidades e conhecimento (educação) e alguma forma de devoção (religião). A família é, portanto, a unidade básica da sociedade.
As famílias são necessárias na vida pessoal e social. As pessoas precisam de famílias para desfrutar de intimidade, relacionamento estreito e segurança. As sociedades precisam de famílias para garantir sua continuidade e lhe preparar membros responsáveis.
A Bíblia permanece como fonte de constância e esperança, ensinando um modelo normativo para a vida familiar, tratando das principais questões que confrontam a família em sua sociedade e fornecendo recursos para a edificação da família.
A Bíblia reconhece que todas as culturas necessitam da família. A família repõe a população (Gênesis 1:28). Ela estabelece controle sobre instintos sexuais (I Tessalonicenses 4:3-6; Hebreus 13:4). Ela dá identidade a seus membros (Salmo 127:3,4). Ela provê treinamento básico para a vida social. - Provérbios 4:1-27.
O interesse principal da Bíblia, porém, é fazer com que a família tenha o devido relacionamento com Deus. O ensino bíblico é organizado em torno de três conceitos chave: A primazia absoluta do casamento; a função da família e as relações funcionais na família.
A Bíblia confirma com veemência a primazia do casamento como a unidade básica da vida social. O mais fundamental dos princípios do casamento é a complementaridade, a intimidade marital. Esse é um tema importante nos relatos da criação. O casamento também tem primazia como a unidade social básica. O casamento é uma "ordenança da criação", não uma ordenança da igreja. Isso significa que o casamento é válido e impõe obrigações para todos, independentemente da fé em Cristo. - I Timóteo 4:3-5.
A Bíblia apresenta o casamento como provisão de Deus para regular e sancionar a atividade sexual (Hebreus 13:4; Gênesis 2:24). Isso é crucial para qualquer sociedade. Na Bíblia, todos os privilégios, responsabilidades e consequências da vida sexual são confinados ao ambiente conjugal de compromisso mútuo e aprovação social.
Para os cristãos, o casamento bíblico leva mais adiante o ideal do compromisso. Trata-se de uma "aliança" entre os parceiros (Malaquias 2:14) e com Deus (Malaquias 2:10). O casamento cristão deve, assim, ser "no Senhor" (I Coríntios 7:12-16; II Coríntios 6:14-18). Ele também possui significado teológico, simbolizando a relação de Cristo com a Igreja. - Efésios 5:32.
Dentro da família, é preciso que a ordem prevaleça (I Timóteo 3:5,12; Provérbios 11:29). O marido é encarregado de liderar a família em amor (Efésios 5:24), compreensão e respeito (I Pedro 3:7; Colossenses 3:18,19). A esposa tem a obrigação de respeitar essa responsabilidade de liderança (Efésios 5:22; Colossenses 3:18), de incentivar o marido nesta responsabilidade (Tito 2:4; Provérbios 31:10,11), mas sem nenhuma sensação de medo ou intimidação. - I Pedro 3:5,6.
A família é um ambiente para desenvolver relacionamentos, suprir necessidades e comunicar idéias. A família é o campo de treinamento de cristãos responsáveis (Deuteronômio 11:9-21), que podem causar um impacto permanente na sociedade. É acima de tudo, um ambiente propício para desenvolvimento da fé viva, - Deuteronômio 6:7; II Timóteo 1:5.
Os princípios bíblicos para construir relacionamentos devem ser interpretados nesses termos: Laços de compromisso (casamento) e sangue (filhos). Os relacionamentos familiares repousam principalmente na responsabilidade para com o cônjuge, os filhos, os pais e os parentes. - Efésios 5:22 à 6:4.
A conhecida passagem de II Timóteo 3:16, sobre a inspiração, é uma declaração não só de origem da Bíblia, mas de sua utilidade "para o ensino, repreensão, correção e educação na justiça". Escritores antigos como Tertuliano, afirmaram que a leitura da Bíblia estava no centro da vida familiar cristã primitiva.
A edificação bíblica da família, porém, depende da devoção familiar. Os estatutos e os mandamentos de Deus devem ser constantemente ensinados. As crianças devem ser criadas de modo que temam a Deus e vivam em obediência (Deuteronômio 6:1-8). De maneira amorosa, elas devem ser instruídas e guiadas no Senhor. - Colossenses 3:21; Efésios 6:4.
A Bíblia incentiva a família a criar uma atmosfera de devoção, onde a Palavra de Deus seja ensinada, e haja uma obediência contínua a ela. Assim, em Deuteronômio 6, os filhos são ensinados quando os pais fazem com que os estatutos divinos recebam atenção constante da família. Pelo aspecto negativo, isso implica que a Bíblia não deve ser usada de forma imprecisa ou inadequada. Pelo aspecto positivo, implica que a leitura da Bíblia ocorre com regularidade. E, principalmente, implica que a Bíblia deve ser obedecida; e o Senhor, de quem ela fala, deve ser adorado.
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A Bíblia e a Fé Cristã. - Páginas 906 à 910.
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